Tuesday, January 16, 2007

Sue Pavão e Pierre Verger em mostras fotográficas

(imagem do acervo de Pierre Verger)


As exposições 'Mangabelém' e 'Ver-te Belém, Verger-te bem' foram montadas pela Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e o Museu de Arte de Belém (Mabe) no Espaço Municipal Olympia e no Mabe. As mostras são mais um presente oferecido aos belenenses por conta do aniversário da capital paraense. As mostras ficam abertas a visitação pública até fevereiro.
"Ver-te Belém, Verger-te bem" é instalada a partir de imagens registradas pelo fotógrafo francês Pierre Verger. A mostra, que abre no próximo dia 19, na sala Antonieta Feio do Mabe, expõe cenas de Belém e retrata o cotidiano da população. O povo, barcos, feiras e até esboços que tentam demonstrar ao público que aromas seriam os mais usuais na capital do Pará são alguns dos aspectos abordados nas imagens de Verger. O material que compõe a 'Ver-te bem, Verger-te Belém' é parte do acervo da exposição 'O Olhar Viajante de Pierre Fatumbi Verger' aberta ao público pelo Mabe em 2003. Na época, as imagens eram acompanhadas por exposição de livros, documentos e objetos pessoais do fotógrafo francês coletados durante sua passagem pela capital paraense.

"Mangabelém"', aberta a visitação pública até 19 de fevereiro, é a primeira exposição fotográfica da documentarista e curta-metragista Sue Pavão. O trabalho reúne 20 fotografias que mostram o cotidiano da cidade e já está exposto no hall de entrada do Espaço Municipal Olympia. O material começou a ser realizado desde 2005 e é parte de uma compilação de mais de 500 imagens registradas por Sue em vários cantos da capital paraense.

Os artistas - Pierre Verger nasceu em Paris em 1902. Em 1932 ele aprendeu a fotografar e atrelou isto a outra coisa que adorava fazer: viajar. Até 1946, Pierre realizou dezenas de viagens ao redor do mundo sempre utlizando a fotografia como meio de vida. Verger negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Neste mesmo ano, Verger trocou o pós-guerra europeu pela natureza baiana. Buscando sempre os lugares mais simples ele encontrou os negros que foram sua grande fonte de inspiração. Foi com eles que aprendeu também sobre o candomblé, tornando-se, em seguida, estudioso sobre os orixás. Na África ele passou a integrar de fato o Candomblé. Foi quando em 1953 recebeu o nome de Fatumbi, 'nascido de novo graças ao Ifá'.
Convicto de sua vocação, Verger encontrou na história, costumes e religião praticada por iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, os temas centrais de suas pesquisas e sua obra. Em seus últimos anos de vida, Verger lutou para disponibilizar as suas pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 80, ele conseguiu lançar suas primeiras publicações no Brasil por meio da Editora Corrupio Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV). Em 1996, o fotógrafo francês faleceu. A partir de então a Fundação vem dando prosseguimento a seus projetos.

Sue Pavão é paraense e possui um acerco considerável de curtas-metragens, como Dias, Chama Verequete, A onda e Severa Romana - o último, vencedor do II Prêmio Estímulo da Prefeitura Municipal de Belém – FUMBEL.


Serviço:
"Mangabelem" - de Sue Pavão
No hall do Cine Olympia
Até 19 de fevereiro

"Ver Belém, Verger-te Belém" - de Pierre Verger
Na sala Antonieta Feio do Mabe
Abre dia 19 de janeiro

Mais informações: 3283 4687.

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